Como a queda na economia chinesa pode afetar o Brasil

 A economia da China teve um crescimento de apenas 0,4% entre abril e junho em relação ao ano anterior, segundo dados oficiais. Este é o pior resultado desde 1992, quando iniciou o estudo sobre o desenvolvimento chinês, com exceção de uma queda de 6,9% no primeiro trimestre de 2020 devido ao choque inicial da pandemia.



A China é o principal parceiro comercial do Brasil e a segunda maior economia do mundo. Logo, qualquer repercussão negativa no país asiático é sentido no Brasil. 

A China é um país altamente industrializado e é considerado como a grande indústria do mundo. Haja vista que um levantamento do Banco Mundial de 2021 aponta que 37,8% do PIB chinês é de origem industrial. O mesmo estudo também revela que mais de 60% no setor de eletrônicos e menos de 20% para a maioria dos bens de produção tem origem chinesa. 

Com uma demanda tão grande por produtos, as fábricas precisam de uma grande quantidade de matéria-prima. E onde vem grande parte dela? Do Brasil. 

Em 2021, a Comexstat divulgou que o Brasil exportou para a China quase 30 bilhões de dólares em minérios de ferro, ligas metálicas e outros produtos da indústria de transformação. Além destes produtos, o país governado por Jair Bolsonaro (PL) exportou 14,3 bilhões de dólares em óleo bruto de petróleo. 

Com a diminuição da produção industrial, que foi motivada pela volta da pandemia de covid-19 na China e Guerra na Ucrânia, a tendência é a redução das exportações dos produtos citados acima. Grande parte do maquinário está paralisado por causa da pandemia e a demanda por esses produtos caiu. 

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